Nesta quinta-feira (14), o Itamaraty se posicionou após mais um caso de racismo sofrido pelo brasileiro Vinicius Jr., atacante do Real Madrid.
“O governo brasileiro registra, com tristeza e indignação, a ocorrência de novas manifestações racistas contra o jogador brasileiro Vinicius Júnior, por parte de torcedores do Atlético de Madri, ontem, 13/3, nas imediações do estádio Metropolitano, ao final de partida da Copa dos Campeões da Europa que sequer envolvia o atleta e sua equipe, o Real Madri”, registrou o governo brasileiro em nota.
O caso
Antes do duelo entre Atletico de Madrid e Inter de Milão, pela Champions League, o jogador foi chamado de “chipanzé” por um grupo de torcedores no lado de fora do Estádio Cívitas Metropolitano, na capital espanhola. O Atletico é o rival da mesma cidade que o Real.
“Vinicius Júnior é um atleta exemplar, e não está sozinho na sua corajosa luta contra o racismo. O governo brasileiro reiterará às autoridades governamentais e esportivas espanholas sua preocupação com os reiterados ataques racistas ao atleta. E cobrará também providências da UEFA, organizadora do torneio no qual as manifestações racistas ocorreram. Enquanto não houver sanções penais e esportivas à altura, os racistas continuarão a agir e nenhuma campanha contra o racismo trará resultados efetivos”, reiteirou o Itamaraty.
O brasileiro pressionou a Uefa para que a entidade puna os torcedores do Atlético de Madrid que entoaram cantos racistas contra ele. “Espero que vocês já tenham pensado na punição deles, @ChampionsLeague e @UEFA. É uma triste realidade que passa até nos jogos que eu não estou presente!”, disse Vini Jr nesta quinta (14), em uma postagem no X.
LALIGA, entidade que organiza o Campeonato Espanhol, afirmou que denunciará os cantos racistas à Procuradoria de Combate ao Ódio.
O governo brasileiro registra, com tristeza e indignação, a ocorrência de novas manifestações racistas contra o jogador brasileiro Vinicius Júnior, por parte de torcedores do Atlético de Madri, ontem, 13/3, nas imediações do estádio Metropolitano, ao final de partida da Copa dos Campeões da Europa que sequer envolvia o atleta e sua equipe, o Real Madri.
Vinicius Júnior é um atleta exemplar, e não está sozinho na sua corajosa luta contra o racismo. O governo brasileiro reiterará às autoridades governamentais e esportivas espanholas sua preocupação com os reiterados ataques racistas ao atleta. E cobrará também providências da UEFA, organizadora do torneio no qual as manifestações racistas ocorreram. Enquanto não houver sanções penais e esportivas à altura, os racistas continuarão a agir e nenhuma campanha contra o racismo trará resultados efetivos.
É oportuno recordar que o futebol brasileiro, cinco vezes campeão mundial, é fundado em uma matriz essencialmente multicultural e multirracial. Estabeleceu-se como instrumento de inclusão e ascensão de parcelas historicamente menos favorecidas de nossa sociedade. Permitiu que o mundo conhecesse a riqueza da diversidade brasileira. O atleta Vinicius Júnior, do Real Madri e da Seleção brasileira, honra nossas melhores tradições esportivas, cuja maior expressão será sempre o melhor jogador da história do futebol mundial, Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, falecido em dezembro de 2022.