Poucos treinadores podem ter o termo “era” prefixado em seu nome. Ex-técnico do São Paulo e da seleção olímpica campeã em Tóquio 2020, André Jardine é um desses. A “Era André Jardine”, ou “época”, como dizem os mexicanos, foi conseguida no último domingo, 26, depois do bicampeonato com o América, no Torneio Clausura Mexicano.
O América, clube de maior torcida no país e que Jardine dirige desde junho de 2023, foi campeão do Clausura Mexicano, com uma vitória por 1 a 0 sobre o Cruz Azul, no estádio Azteca — na mesma temporada, já havia conquistado o Apertura. No dia seguinte à partida, o gaúcho de 42 anos recebeu PLACAR.
“Esse ano para o América é histórico. Não só pelos dois títulos, mas também pela campanha que a gente fez. São três títulos, contando com o torneio dos campeões [confronto que tradicionalmente acontece entre vencedores do Apertura e do Clausura antes da temporada seguinte]. Com certeza é um campeonato para ser lembrado por muito e por muito tempo”, disse Jardine, ainda com a voz rouca de comandar o seu time à beira do campo de um jeito aguerrido, algo que inclusive agrada aos mexicanos, quanto de comemorar a conquista que não acontecia há 35 anos.
O brasileiro avaliou a liga mexicana como uma das mais fortes das Américas, superior à badalada Major League Soccer, dos Estados Unidos. “As ligas mais importantes hoje carecem de treinadores brasileiros. Nas Américas, o mexicano é o terceiro campeonato em importância. O Brasileiro é, sem dúvidas, o mais importante. Colocaria o argentino em segundo, e depois vem o mexicano. A MLS vem crescendo, mas ainda não tem essa força […[ O Mexicano tem um nível muito alto, poder de investimento muito grande, seis sete clubes muito grandes e com potencial para ser campeão.”
Para fazer parte da nossa comunidade, acompanhe a PLACAR nas mídias sociais.