Na noite da última segunda-feira (10), o presidente do conselho deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, participou do programa “Esporte em Debate” da Rádio Bandeirantes. Ele foi questionado sobre a quebra de contrato da patrocinadora máster com o Alvinegro.
A casa de apostas VaideBet alega uma cláusula anticorrupção como argumento para o fim da parceria. Para a empresa, as denúncias de pagamento a empresa “laranja” por um intermediário, ocasionaram um vínculo negativo à marca, causando desprestigio, potencial prejuízo e risco de baixo retorno do investimento realizado.
No Corinthians, conforme apuração da CNN Brasil, o grupo político de oposição arquiteta um pedido de impeachment de Augusto Melo. A fundamentação ocorre por conta do artigo 106 da constituição do clube, que diz: “São motivos para requerer a destituição dos administradores: Ter ele acarretado por ação ou omissão prejuízo considerável ao patrimônio ou a imagem do Corinthians”.
Romeu Tuma Júnior ponderou que é necessário aguardar as investigações. Mas que, se Augusto Melo tiver culpa, ele perderá o cargo.
“Não tem impeachment. Não dá pra falar em impeachment em quatro meses de gestão e sem provas. Foi ação ou omissão do Augusto? Não defendo ele nem ninguém.
Nós estamos investigando. É necessário individualizar a conduta. Se ele tiver culpa no cartório ele cai”, disse o dirigente.
Entenda a polêmica
O assunto veio à tona após publicação do colunista Juca Kfouri, do portal Uol. A reportagem afirma que a empresa Rede Social Media Design LTDA, que intermediou o acordo entre a VaideBet e o Corinthians, repassou parte do valor da comissão (pago pelo clube) para outra organização.
A outra organização seria a Neoway Soluções Integradas em Serviços LTDA, empresa que tem como sócia Edna Oliveira dos Santos, mulher que mora em Peruíbe, no litoral de São Paulo, e afirmou, em entrevista ao Uol, desconhecer o caso.
Nota oficial
A VaideBet informa que exerceu nesta sexta-feira (7) a rescisão do contrato de patrocínio com o Sport Club Corinthians Paulista. Desde o início de abril a marca acompanha e solicita esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas, tendo já realizado reuniões, comunicações formais e notificação extrajudicial. Diante das explicações apresentadas sem nenhuma resolutividade, a VaideBet lamentavelmente se vê obrigada a tomar tal atitude.
A marca avalia que não se pode manter a parceria enquanto pairar sobre o acordo qualquer suspeita em relação a condutas que fujam à conformidade com a ética e os preceitos legais. Só a dúvida, no crivo ético da marca, já é suficiente para determinar a rescisão – que foi exercida pela VaideBet suscitando cláusulas do contrato que protegem direitos da marca nessa decisão.
A VaideBet lamenta pelo fim de uma parceria que deveria ter durado no mínimo três anos e agradece, pelo carinho e pelo respeito, à imensa e apaixonada torcida do Corinthians, que diariamente sustenta a história e os valores da instituição.
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