Um ano e meio depois, a eliminação do Brasil para a Croácia nas quartas de final da última Copa do Mundo ainda ‘martela a mente’ de Rodrygo. O hoje camisa 10 da seleção disse com exclusividade à PLACAR que não esquece o pênalti que perdeu no estádio Cidade da Educação, no Catar, e vê críticas um tanto exageradas sobre aquela partida. Para o atacante, ‘se tivesse vencido, ninguém lembraria quem bateu o pênalti’.
Rodrygo, então perto de completar 22 anos, mais velho apenas que Gabriel Martinelli naquele grupo, abriu a série de pênaltis. O jovem escolheu o canto esquerdo, mas parou nas mãos do goleiro Dominik Livakovic. Na última cobrança, Marquinhos acertou a trave, e a Croácia se classificou.
“Acho que todos os jogadores estavam ali lembram disso todos os dias praticamente. A gente acaba sempre vendo vídeos, começa a vir na lembrança: ‘faltavam quatro minutos e a gente tomou um gol besta. Então é uma coisa que acho que até hoje martela na nossa mente. Nosso time era melhor que o da Croácia e teve muitas chances. A gente não conseguiu, não conseguiu fazer [mais um gol]. Então, começa a vir tudo isso na cabeça”, disse.
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Craque do time, Neymar era preservado para a quinta cobrança, mas, como o adversário não havia desperdiçado um chute sequer, o erro custou a eliminação para o Brasil — Casemiro e Pedro haviam convertido as cobranças seguintes e deixado a equipe com chances na disputa.
Para Rodrygo, batedor oficial de pênaltis no Real Madrid quando Karim Benzema não estava em campo, uma eventual classificação naquele momento teria apagado todo o episódio acerca do chamado “pênalti da discórdia”. Até mesmo as críticas a Neymar não existiriam se o resultado fosse o contrário.
“Essas discussões acontecem porque a gente perdeu. Se a gente tivesse ganhado o jogo, ninguém lembraria se o Neymar bateu ou não o pênalti, se ele bateu o primeiro ou o quinto. Então quando você perde, está tudo errado. E a gente tem a consciência disso. E, claro, independente da minha idade ali, de ser o segundo mais novo, tinha muita confiança e o grupo inteiro confiava em mim. Todo mundo sabia que eu seria um dos batedores, sendo o primeiro, segundo, terceiro… Independente de qual ordem fosse eu, eu iria bater. Todo mundo perguntou se eu iria bater, e eu falei que iria”, disse.
Rodrygo está com a seleção brasileira que disputa a Copa América a partir deste mês, no Estados Unidos. A estreia acontece no dia 24 contra a Costa Rica. Ainda na primeira fase, os comandados de Dorival Júnior enfrentam, Paraguai (28/6) e Colômbia (2/7).
Perguntado se voltará a bater pênalti pela seleção brasileira, Rodrygo foi taxativo:
“Sim. Sempre vou dar as caras”, finalizou o jogador.
Rodrygo será uma das atrações do guia da Copa América e da Eurocopa, que chega em 14 junho à loja do Mercado Livre e nas bancas de todo o país. Nos próximos dias, publicaremos novos trechos da entrevista.
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