A FIFPRO e Associação de Futebolistas Profissionais (PFA), junto com a Nike e a Leeds Beckett University, oficializaram o lançamento do “Project ACL“. O estudo visa entender a alta incidência e reduzir as lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) no futebol feminino.
Com duração de três anos, a pesquisa abordará diversos fatores que contribuem para os muitos casos dessas lesões entre as jogadoras. Segundo Alex Culvin, diretor de estratégia e pesquisa da FIFPRO para o futebol feminino, a iniciativa atende a um pedido das atletas, que desejam mais informações e soluções para este problema.
O projeto contará com a participação de clubes da Women’s Super League (WSL). Essas equipes serão avaliadas em relação a infraestrutura, número de funcionários, viagens e horários.
A Doutora Flávia Magalhães, especialista em medicina esportiva, enfatizou a importância dessa avaliação abrangente. “Esperamos obter um panorama detalhado que nos permita ajustar cargas de treino e prevenir lesões que impactam significativamente a carreira das atletas”.
Estudos anteriores indicam que jogadoras de futebol feminino têm de duas a oito vezes mais chances de romper o LCA em comparação aos homens. Fatores como a anatomia feminina, ciclo menstrual e condições de treino são alguns dos elementos tratados como prováveis para a discrepância.
Katherinne Ferro, fisioterapeuta, ainda ressalta a necessidade de um enfoque multifatorial para compreender o problema. “Lesões são multifatoriais e precisamos de uma visão ampla para traçar estratégias eficazes”.
A conclusão do estudo coincide com a próxima Copa do Mundo Feminina, que será disputada no Brasil. No último mundial, mais de 25 jogadoras foram desfalques devido a lesões de LCA.
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