O empresário americano John Textor, dono da SAF que controla o Botafogo, precisará cumprir 45 dias de suspensão e pagar 100 mil reais de multa pelas declarações dadas após a partida contra o Palmeiras, em 1º de novembro do último ano pelo Brasileirão. A pena foi imposta nesta sexta-feira, 26, após julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O dirigente já cumpriu 28 dias em uma punição preventiva no ano passado.
Textor foi denunciado nos artigos 243-F (ofensa à honra) e 258-B (invasão de campo). Foram 30 dias pelo primeiro artigo, e outros 15 pelo segundo. A decisão não permite mais recursos.
O julgamento foi adiado por duas vezes antes da decisão do Pleno, o último deles em 9 de abril, e ocorreu atendendo a um recurso da procuradoria do órgão.
Na ocasião, o empresário acusou a CBF de corrupção por supostos erros de arbitragem. Ele foi processado pelo presidente Ednaldo Rodrigues, punido preventivamente, mas posteriormente absolvido pelo STJD.
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Naquela altura, o Botafogo viu uma diferença de 14 pontos para o Palmeiras derreter ao longo das rodadas finais. O Verdão terminou como o campeão da temporada, enquanto o Glorioso ficou com a quinta colocação.
O cartola também está envolvido em outros casos polêmicos, um deles no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) onde foi denunciado por não apresentar as supostas provas que diz ter envolvendo manipulações de resultados em partidas no Campeonato Brasileiro de 2022 e 2023.
Recentemente, no último dia 22 de abril, prestou depoimento durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis manipulações de jogos no futebol brasileiro apresentando documentos para defender as suas acusações.
Ele chegou a chamar de “estúpida” uma pergunta feita pelo senador Romário, relator da CPI, sobre um suposto desejo de vender sua participação no clube carioca.
Após o depoimento, Textor se encontrou com o presidente da CPI, o senador Jorge Kajuru, e outros legisladores para compartilhar um relatório que, de acordo com ele, evidencia a manipulação de resultados no futebol brasileiro. Após aproximadamente uma hora de discussão, o político declarou que os sinais apresentados pelo proprietário do Botafogo serão objeto de investigação.
Em março deste ano, o dono do Botafogo reafirmou suas acusações e afirmou possuir gravações de árbitros discutindo propinas não recebidas. Diante disso, o STJD iniciou uma investigação e exigiu que Textor enviasse evidências em três dias, mas sua defesa declarou que as provas seriam entregues apenas ao Ministério Público Federal.
Em outra ocasião, ele alegou ter provas de favorecimento ao Palmeiras por dois anos, inclusive mencionando, sem apresentar evidências, uma suposta manipulação em um jogo contra o São Paulo, onde o Palmeiras teria vencido por 5 a 0.
Recentemente, em entrevista ao site ge, a presidente palmeirense Leila Pereira classificou as falas de Textor como “aberrações”. Antes, havia chamado o dirigente de “idiota” e disse acreditar que “ele ficou louco”
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