A sexta Olimpíada moderna, disputada em 1920, na Antuérpia, na Bélgica, foi histórica para o Brasil. Além de ter sido a primeira com participação verde e amarela, foi nela que saiu o primeiro pódio, com Afrânio da Costa. Também foi a primeira com um brasileiro no lugar mais alto do pódio.
O responsável pelo feito foi Guilherme Paraense, ouro no tiro rápido individual (25m), em 3 de agosto. Um dia antes, ao lado de Dario Barbosa, Fernando Soledade, Afrânio da Costa e Sebastião Wolf, o tenente do Exército Brasileiro já tinha sido bronze por equipes na pistola militar (50m).
Naquele ano, Guilherme Paraense, nascido em 25 de junho de 1884, em Belém (PA), ainda disputou outras duas provas. Acabou em quarto no tiro rápido por equipes e foi 13º lugar na pistola livre individual.
O atirador se mudou para o Rio de Janeiro com cinco anos, passando a frequentar a Escola Militar. Foi campeão brasileiro, em 1913, 1914, 1915, 1918, 1922 e 1927, e sul-americano, em 1922, no tiro com revólver. Em 1914, foi um dos fundadores do Revólver Clube.
A carreira como esportista chegou ao fim na década de 1930, após participar da Revolução de 1930, evento que deu início à Era Vargas. Em 1941, se tornou tenente-coronel e logo foi transferido para a reserva. Morreu infartado em 18 de abril de 1968, aos 83 anos.
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