O Brasil demorou a ir para as Olimpíadas, participando pela primeira vez apenas na sexta edição, em 1920, na Antuérpia, na Bélgica, disputada de 20 de abril a 12 de setembro. Desde então, foram conquistadas 37 medalhas de ouro, 42 de prata e 71 de bronze. E a primeira delas saiu no tiro esportivo justamente naquele ano.
Em 2 de agosto, Afrânio da Costa, carioca de Macaé, foi prata na pistola livre (50m). Ainda naquele dia, Afrânio da Costa conquistou, ao lado de Dario Barbosa, Fernando Soledade, Guilherme Paraense e Sebastião Wolf, o bronze por equipes na pistola militar (50m).
Afrânio da Costa, inclusive, era o chefe da delegação de tiro nos Jogos e foi o responsável por articular o empréstimo de revólveres e cartuchos junto com os norte-americanos após materiais serem roubados na viagem de transatlântico até a Europa. Na carreira, foi campeão brasileiro 17 vezes e conquistou 154 títulos ao todo.
Nascido em Macaé, no Rio de Janeiro, em 14 de março de 1892, Afrânio da Costa se formou em Direito em 1912 e teve um escritório de advocacia com o pai até ser nomeado juiz, em 1931. Foi ministro do Tribunal Federal de Recursos e do Supremo Tribunal Federal, comandando as eleições de 1946. Depois de se aposentar, gerenciou a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, de 1960 a 1976.
Ainda foi diretor de tiro esportivo do Fluminense, um dos fundadores da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo e presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA) e chefiou a delegação brasileira na primeira Copa do Mundo de Futebol, em 1930, no Uruguai. Afrânio da Costa morreu em 26 de junho de 1979, aos 87 anos.
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